sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Namorofobia

Eis que surge na Sexologia o termo “namorofobia”, dando origem a mais um novo tipo de comportamento que significa não assumir um namoro após algum tempo de relacionamento por medo ou receio de tornar a relação oficial.
Acredito que a condição do namorofobia aconteça quando um dos parceiros não apresenta afinidade com o outro ou ainda não deseja ser exclusivo daquela pessoa. Esse comportamento vem sendo alvo de críticas principalmente por parte das mulheres que quase sempre procuram relacionamentos duradouros e estão abertas para o casamento e formação da família.
Muitas vezes as pessoas não estão “prontas” para um namoro mais sério, porém esta situação não deve assumir uma forma repetitiva. Isso passa a significar que ela não está “confortável” ao lado desses parceiros.
Psicólogo e escritor, Ailton Amélio, diz: “Tem gente que ama, tem atração, mas tem problema com compromisso. Isso se tornou mais comum e é somado a um fenômeno social. Muitos têm fobia a compromissos, casar e namorar. Os vínculos de hoje estão mais superficiais de forma geral”. E eu acabo por concordar com ele.
Embora o namorofobia esteja mais presente no comportamento masculino, este não foge ao feminino, resultante da emancipação da mulher e a liberdade alcançada nos últimos tempos, fazendo parte de sua auto-afirmação.
Savian, terapeuta e escritor faz a seguinte colocação: “O bloqueio para namorar acontece em função de um relacionamento anterior que não deu certo, por temperamento ou por vivência na infância. Uma criança que presencia um relacionamento conturbado de seus pais, por exemplo, pode concluir ou decidir que nunca irá passar por isso.” Vou mais além, se não foi ensinado a criança o respeito pelo outro e a ter responsabilidades e compromissos compatíveis com sua idade, torna-se possível que no futuro não saiba lidar com tais situações.
O fato é que não há um comportamento padronizado quanto ao mamorofóbico, este evita assumir relacionamentos por diversos motivos e manifestações variadas que passam desde a não apresentação do parceiro (a) a família e amigos e a não fazer nenhum tipo de planejamento com o mesmo, seja este imediatista ou em longo prazo.
Em casos mais sérios, um tratamento psicológico é indicado para verificar as possíveis causas desse comportamento que poderá impedir a construção saudável das relações afetivas; ou esperar que o “Cupido acerte o alvo”, para quem ainda acredita nele...