quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Saudade

     Hoje resolvi falar de saudade e não é por acaso que rima com sexualidade.
     Quem não sente saudade? Quem diz que nunca a sentiu é pura vaidade.
     Saudade que povoa nossa alma em qualquer idade...
     Saudade de andar de mãos dadas pela rua, namorando a luz da lua cheia de amor.
     Saudade do beijo molhado com gosto de pecado no encontro inesperado.
     Saudade do amor romântico, do dar e receber flores de um ou de muitos amores.
     Saudade da música que vem na lembrança que embalou os corpos naquela dança.
     Saudade da palavra amiga, doce como o mel de um amor fiel.
     Saudade do abraço apertado, sinônimo de afeto, muito mais que afago.
     Saudade dos passeios a dois ao longo do mar...Amor... A mar!
     Saudade do jantar a luz de velas, do olhar carinhoso, do sabor e cheiro gostoso do tempero enamorado.
     Saudade da viagem de férias, de se estar juntinhos... Me lembro com muito carinho.
     Saudade não é sentimento ruim, está dentro de você e de mim. É momento de felicidade, de emoção...
     Fotografia da vida de um coração.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ciclo de Palestras

Na data de hoje estou iniciando um ciclo de treze palestras na Casa Bibi Franklin.
O projeto intitulado "Sexualidade, vida e prazer" tem como público alvo a terceira idade.
Os encontros acontecerão todas as segundas-feiras, das 13h às 15h, durante os meses de julho, agosto e setembro.
Os principais temas a serem trabalhados são: Corpo, Gênero e DST/aids.
Acredito que o trabalho com a "galera da melhor idade" vai ser muito gratificante!
Futuramente postarei comentários e/ou dinâmicas de grupo sobre este trabalho.

domingo, 19 de junho de 2011

Minha Galera é Demais!

            É próprio dos jovens um sentimento de onipotência que faz menosprezar o saber e o comportamento dos mais velhos. Assim sendo, assumem riscos, enfrentam desafios, ficando vulneráveis às situações de perigo.
            A resistência à autoridade é comum nessa fase e resulta em conflitos, refletindo a necessidade da auto-estima bem construída na busca da identidade. Nesse momento, o jovem vai se valer, principalmente, do apoio emocional do seu grupo. É muito importante para o adolescente pertencer a um grupo (tribo, gang). Sua atitude e comportamento, em geral, refletem as crenças, os valores e as normas de seus iguais.
            Levado pelas afinidades e aceitação, o adolescente vai se enturmando, achando  seu espaço e desempenhando papéis que o valorizam.
            O contato com os jovens da mesma idade possibilita a experimentação conjunta. Os adolescentes podem trocar confidências sobre as mudanças corporais e paqueras. O grupo facilita ao jovem o autoconhecimento. Nas trocas de informações, ocorre o apoio mútuo ou a reprovação e isso vai reforçando a referência e si, repercutindo uma auto-imagem e auto-estima positiva ou negativa.
            A afirmação da identidade é vivida intensamente. O adolescente sente-se crescido o bastante para dispensar a proteção da família, mas ainda não domina esta metamorfose, o que pode gerar insegurança. Por isso, o adolescente combina diferentes modelos de ídolos e ideais que darão sustentação à sua identidade em amadurecimento.
            Algumas vezes, infelizmente, os adolescentes se ligam a grupos arruaceiros que facilitam a bagunça, bebedeiras, uso de drogas, vandalismo e outros atos de delinqüências. Quando está buscando um intenso prazer momentâneo, uma demonstração de força ou independência, procurando o novo e deixar de ser “careta”. Daí, tantos jovens escolhem ídolos e ideais como símbolos de violência, da autodestruição.
            Quando se envolve com um grupo positivo, o adolescente terá experiências positivas aliadas a liberdade e à reflexão, conduzindo ao amadurecimento pela trilha da autoconfiança criando condições de identificar-se como pessoa humana, vivendo sua sexualidade de maneira saudável, consciente e com prazer.
            O adolescente é mutante e inacabado, como um rio que passa e nunca é o mesmo a cada vez que o olhamos, ouvimos e sentimos...
            (Trecho do livro “Adolescente: O Desafio de Ser Mutante”; Josefina Sousa e outros)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Algumas dúvidas dos adolescentes (1)

         Amigos(as),

       Desta vez, divulgo algumas perguntas mais freqüentes dos adolescentes frente à vivência da sexualidade. Aproveito para dar as respostas de tais questionamentos.
        Tenho mais de duzentas perguntas catalogadas, aos poucos irei divulgando.
       Como se faz necessário a Educação Sexual nas escolas...

1)      “Fazer sexo na adolescência ajuda no desenvolvimento do corpo?”
R: Não. Na adolescência acontece o “estirão”, ou seja, época que meninos e meninas se desenvolvem mais rápido em virtude da produção hormonal. Mesmo sem prática sexual o crescimento ocorrerá.
2)      “Existe uma idade certa para o menino ter a primeira ejaculação?”
R: A primeira ejaculação é chamada semenarca. Não há uma idade correta para que ela aconteça, depende do desenvolvimento de cada menino. Mas, por volta dos 12 anos já existe a possibilidade.
3)      “Os pais de uma menina podem perceber que ela deixou de ser virgem?”
R: O corpo da menina não muda com a primeira relação sexual. A perda da virgindade não deixa sinais físicos. Porém, o comportamento diferente da garota pode deixar pistas.
4)      “As mulheres podem nascer sem hímen?”
R: Não. Existem muitos tipos de hímen, inclusive o elástico, mais difícil de ser rompido, mas nenhuma menina nasce sem hímen.
5)      “Na primeira vez tenho que usar camisinha”?
R: Sim. Mesmo na primeira vez o casal está sujeito a gravidez e as DST.
6)      “Usar absorvente interno pode tirar a virgindade”?
R: Não. O hímen possui uma elasticidade natural e o absorvente interno não o rompe. Colocá-lo com cuidado é sempre aconselhável.
7)      “A masturbação pode viciar”?
R: Não. A masturbação ajuda no reconhecimento do próprio corpo e as áreas do prazer. Ela só é problema quando passa a ser atividade única do(a) jovem, fazendo com deixe de cumprir seu cotidiano (estudar, trabalhar, etc.). Caso isso aconteça, é bom buscar ajuda do médico ou psicólogo.
8)      “O pênis pode ficar mais fino com a masturbação”?
R: Não. Este é apenas mais um tabu sexual. Também não faz crescer pelos nas mãos, dá espinha deforma a vagina, etc. Masturbação é um ato de prazer saudável.
9)      “Podemos engravidar mesmo usando camisinha?”
R: Só existe chance se ele estourar ou vazar o esperma. Se a camisinha for colocada corretamente, o risco de gravidez é quase zero. Portanto, atenção na hora de colocá-la e retirá-la.
10)  “Ejacular fora da vagina engravida?”
R: Sim, os espermatozóides podem sair do pênis antes da ejaculação e alcançar o óvulo e também não protege contra as DST. A esse ato chamamos de “coito interrompido”,  não sendo considerado método contraceptivo.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Família e Sexualidade

       A família é a célula que determina nossa existência e é também o primeiro grupo social ao qual passamos a pertencer.
       Hoje, o conceito de família é bastante vasto, ultrapassando a formação elementar de pai, mãe e filhos, e sim, tornando-se também um grupo de pessoas aparentadas ou não que vivem numa mesma casa. São nessas diversidades de famílias, que moldamos nossa personalidade de acordo com seus valores, costumes, crenças, hábitos e atitudes para uma convivência social.
       Os filhos, durante a infância, têm seus pais como verdadeiros modelos, enquanto os pais nutrem sonhos e desejos em relação ao futuro de seus filhos. Porém, com a chegada da adolescência, tudo muda com o jovem, este começa a questionar sua maneira de ser, pensar e agir, ocasionando por vezes o conflito de gerações.
       Muitas famílias sentem dificuldades em acompanhar o desenvolvimento de seus filhos no mundo moderno, principalmente no que diz respeito à vivência da sexualidade. Algumas procuram crescer junto aos filhos, outras insistem em omitir informações seja por vergonha, despreparo ou tabu, impedindo o processo de formação sexual saudável do jovem.
       Quando a família é amorosa e harmônica, o final da história e mais feliz. O adolescente segue fazendo suas escolhas e acaba encontrando o amor, compreensão e apoio dos pais. Nas famílias desestruturadas, quando pais e filhos encontram-se distantes uns dos outros, causando o desamor, os jovens ficam vulneráveis, podendo enveredar por caminhos conflitantes, causando sofrimento a todos.
       A família deve tratar as questões da sexualidade dos seus filhos com bom senso, falando do assunto desde a infância de forma mais natural possível quando questionados, estando sempre abertos ao diálogo. Crianças e jovens bem informados e que receberam de suas famílias orientações corretas terão menor chance de serem vítimas de abusos sexuais e ao iniciarem suas relações afetivas, o farão com maior responsabilidade e respeito a si próprio e ao outro.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ser Adolescente

       Podemos dizer que a adolescência é uma etapa da vida cercada de transformações, incluindo dúvidas, conflitos e também muitas conquistas.
       É marcada por fatores biológicos, psicológicos, ambientais e socioculturais. É uma transição da infância para a vida adulta.
       Com a chegada da adolescência o jovem se desprende um pouco do núcleo familiar, onde esteve presente por toda a infância, passando a interagir freqüentemente com grupos sociais mais próximos, ou seja, sua “turma”, “tribo” ou “galera”.
       Neste momento, a família precisa ficar mais atenta, usando o diálogo, demonstrando afeto e incentivando o jovem a buscar seu ideal. Saber dizer sim ou não a determinadas situações faz parte da educação do adolescente. Impor limites é ponto fundamental para que este enfrente e supere os desafios dessa fase da vida.
       Vale destacar que a OMS (Organização Mundial de Saúde) caracteriza o início da adolescência aos 10 anos e seu término aos 20 anos. Na cultura brasileira, a puberdade marca o início desta fase e seu término quando o indivíduo atinge a maturidade psicológica, passando a assumir responsabilidades e atitudes compatíveis a vida adulta.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

TV PUC-Rio

Recentemente, concedi uma entrevista a TV PUC-Rio que tratou sobre a violência contra a mulher, em referência ao Dia Internacional da Mulher.
O programa foi ao ar no dia 18 de março desse ano, no canal já mencionado. Além disso, a entrevista também está disponível na internet. Para assisti-la, clique aqui, acesse o mini site do programa Contraponto e clique no tópico "Violência contra a mulher".

quarta-feira, 30 de março de 2011

Masturbação

"Quando me toco, me reconheço, me percebo...
Encontro-me comigo mesmo,
Pois meu corpo é uma estrada de desejo a caminho do prazer.”
     Masturbação é o ato de tocar, acariciar e dar prazer ao próprio órgão sexual. A masturbação acompanha o indivíduo desde a infância até a terceira idade, tendo seu auge na adolescência em decorrência da produção dos hormônios sexuais.
     Os meninos se masturbam com mais freqüência que as meninas, não pelo fato de que tenham mais necessidades sexuais, mas sim pelo forte tabu cultural que acompanha a mulher ao longo do tempo. Ainda hoje, as mulheres evitam falar sobre esse assunto.
     Masturbação não é pecado, não faz mal saúde e nem é distúrbio de comportamento. Deve ser praticada em privacidade, pois é um momento particular do indivíduo. A masturbação faz parte do desenvolvimento da sexualidade, sua prática alivia as tensões, proporciona o autoconhecimento do corpo e o reconhecimento das zonas eróticas que produzem mais prazer, auxiliando na vida sexual em parceria.
     A masturbação só é preocupante quando se torna excessiva. Quando a pessoa passa o dia todo nessa prática, tornando-se uma alternativa de substituição a vida cotidiana. Nesse caso, é aconselhável procurar ajuda de um profissional.

sábado, 26 de março de 2011

Gênero e Sexualidade

     A abordagem deste tema é uma tarefa delicada, pois atualmente há tanta discussão em torno da igualdade entre os sexos que as questões das desigualdades socioculturais que vêm nos acompanhando desde os mais remotos tempos tendem a ser menos consideradas. No entanto, qualquer discussão das relações entre os sexos deveria avaliar, conjuntamente, tanto as diferenças quanto as semelhanças, com adequada consciência de que homens e mulheres têm efetivamente modos diferentes de pensar, agir e sentir que decorrem dos processos de educação e formação da personalidade dos indivíduos, desde a vida intra-uterina.
     Todas as difernças existentes no comportamento de homens e mulheres refletem-se na vivência da sexualidade de cada um, no relacionamento a dois e nas relações humanas em geral.
     Desta forma, poderíamos conceituar gênero como sendo um conjunto das representações sociais e culturais construídas a partir das diferenças biológicas dos sexos. Se sexo diz respeito ao anatômico, no conceito de gênero, toma-se o desenvolvimento das noções de "feminino" e "masculino" como construção sociocultural.
     Não podemos esquecer de mencionar a Identidade de Gênero e Papel de Gênero. Identidade de Gênero é a percepção que cada um tem de si mesmo como indivíduo masculino ou feminino, ou seja, a consciência do próprio gênero. Já o Papel de Gênero é o padrão de comportamento e aparência pelo qual cada um expressa socialmente sua identidade de gênero. A partir de então, ainda encontramos as Relações de Gênero, que seriam o estudo das diferentes posições que ocupam o "ser homem" ou o "ser mulher", em uma sociedade.
     Questão polêmica, sobre a expressão sexual, ainda dentro do estudo de gênero, é a homossexalidade, devendo ser considerada uma variação do desenvolvimento sexual. O desejo homoerótico, que é a atração sexual por pessoas do mesmo sexo, é apenas uma parte do ser homem ou ser mulher que cresce e/ou se desenvolve com o indivíduo. Na infância ou adolescência as experiências sexuais com pessoas do mesmo sexo podem ocorrer sem significar necessáriamente uma orientação definitiva. O que se precisa ter consciência é que, em se tratando de gênero, tanto heterossexuais que são pessoas cuja atração erótica é pelo sexo oposto, pois "hetero" quer dizer "parecido", ou ainda os bissexais, que são pessoas cuja orientação afetivo-sexual se dá em relação a ambos os sexos, também são diferentes entre si. O importante é que nenhuma pessoa pode o deve ser reduzida à sua orientação afetivo-sexual.
     Contudo, podemos observar históricamente que as diferenças nos estudos de gênero têm privilegiado os homens, pelo fato da sociedade não ter oferecido as mesmas oportunidades a ambos os sexos. Apesar das transformações de costumes e valores ocorridos nos últimos anos, as discriminações ainda que encobertas, persistem em relação ao gênero feminino. É preciso reavaliar valores e preconceitos dos grupos sociais, confrontando-os e entendendo-os através de questionamentos, reformulando atitudes e ações melhor se adequem ao desejo de cada indivíduo, combinando com sua história de vida e no jeito de viver da sociedade da qual faz parte, numa convivência mais harmoniosa entre os sexos, para que juntos alcancem uma melhor qualidade de vida. Sendo assim, estaremos estimulando a autoconstrução do "sujeito sexual" e do cidadão.
     Ser sujeito sexual dentro da visão do estudo de gênero é dar ao indivíduo a oprtunidade de redefinir de forma mais ampla sua dimensão enquanto pessoa, desenvolvendo com o mundo, uma relação consciente com o que está inserido em sua cultura. É também, uma forma específica de exercer sua sexualidade e cidadania, pois é direito de todos a busca da felicidade.
     Gostaríamos de que as discussões sobre as relações de gênero tivessem sempre como objetivo, combater as relações autoritárias, desiguais, questionando os padrões rígidos de conduta para homens e mulheres, apontando para uma transformação e flexibilização de costumes, visando permitir a expansão das potencialidades que existem em cada ser humano e que ficam encobertas pelos estereótipos de gênero.
     Desta forma, estaremos com mais dignidade, revendo os conceitos de desenvolvimento das noções do "ser homem" e "ser mulher" dentro da nossa sociedade frente a globalização do mundo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Religião e Sexologia

Embora eu sempre faça colocações iniciais de que a Sexologia é tratada como uma ciência em minhas palestras, por vezes, algum participante traz a tona questões que acabam por envolver a vivência da sexualidade com as diversas práticas religiosas.
Segundo Karl Marx: “A religião é o ópio do povo. Se a intenção de alguns é retirar a religião das pessoas, é bom oferecer um outro tipo de ópio.” Como vimos através dessa afirmativa, as origens religiosas são muito fortes nas sociedades e que vêm permeando nossa cultura desde as antigas civilizações judaico-cristãs do mundo ocidental. Portanto, bastante arraigadas nos nossos valores e sentimentos, o que é louvável e positivo para o crescimento e desenvolvimento humano.
A fé religiosa não deve fazer parte dos processos científicos. A Ciência é laica e empírica e na Sexologia não é diferente por também tratar-se de uma ciência.
É preciso deixar claro que todo Educador que deseja enveredar pelos caminhos da Sexologia tenha consciência de que irá lidar com o sentimento humano, em toda sua essência, beleza e diversidade; diferentes credos, crenças e tabus socioculturais e religiosos, de acordo com a individualidade de cada pessoa que precisa ser respeitada e preservada.
A missão do Educador Sexual é transmitir conhecimentos teórico-científicos sobre a Sexologia. Compete a cada indivíduo, a partir da aquisição desses conhecimentos, construir seus próprios conceitos e valores, utilizando-os da melhor forma possível para a melhoria de sua qualidade de vida.
Acabo de fazer a leitura do livro: “Criação Imperfeita. Cosmo, vida e Código Oculto da Natureza”, de Marcelo Gleiser, Professor de Filosofia Natural, Física e Astronomia do Dartmouth College. Termino minhas ponderações sobre Religião e Sexologia com alguns trechos desse livro que achei bastante interessantes e plausíveis frente à nova Ciência Sexologia...
“A ciência é uma criação humana, uma narrativa que criamos para explicar o mundo a nossa volta. Sempre existirão fenômenos que não poderão ser explicados por nossas teorias.”
“A Ciência e suas práticas têm limites; os cientistas que as praticam têm limites. A Ciência tem que ser humanizada e relacionada com a cultura em que existe.”
“Nosso alcance é amplo, mas limitado. A Ciência nos revela como a Natureza funciona e não como gostaríamos que funcionasse.”
“É preciso aceitar o que a Natureza nos diz, mesmo que contrarie nossas fantasias.”
“Querer aprender sempre mais reflete a nossa curiosidade. Acreditar poder saber tudo reflete apenas uma ilusão.”
“Para nos aproximar da verdade, muitas vezes temos que abandonar nossos sonhos de perfeição.”
“O que importa não é chegar a verdades absolutas, mas ao conhecimento.”
“Acreditar que a Ciência, num determinado momento terá todas as respostas é dotá-la de um poder que não tem.”
“Não é a simetria e a perfeição que deveriam estar nos guiando. A Ciência que criamos é apenas nossa criação. Mesmo que maravilhosa, será sempre limitada pelo que podemos conhecer do mundo. E como não podemos conhecer tudo o que existe, nossa Ciência será sempre incompleta.”

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher

Escolhi esse pequeno trecho do livreto "Gotas de esperança" de Lourival Lopes para refletirmos sobre a data de hoje.
Acredito que as poucas palavras abaixo combinam com o papel feminino nos dias de hoje.
Para todas nós, uma vida de construções positivas com muito amor e sabedoria!

"Valorize a sua liberdade.
Sinta, desde agora, o prazer de ser livre. Olhe como é bela a liberdade.
A tristeza é uma forma de escravidão. Você pode estar presa e sentir-se livre. Mas também pode estar livre e sentir-se escrava. Não a deixe penetrar em você.
Cultive a alegria. Sinta a liberdade. Cosulte a Natureza. Aprecie os pássaros. Os cisnes deslizam sobre as águas...
Vigie o uso de sua liberdade. Que ela não seja "prisão" para outrem. Ponha-a a benefício dos outros.
Liberdade com responsabilidade é um Bem atuando em nossas vidas."

segunda-feira, 7 de março de 2011

Carnaval

É Carnaval minha gente! Hora de cair na folia, vestir a fantasia e botar o bloco na rua!
Se em meio à alegria o sexo acontecer, a responsabilidade precisa ser o “carro abre alas” dessa festa. Afinal, nossos sentimentos não são como confete e serpentina que podem ser jogados para todos os lados...
Vista a fantasia, mas vista também a camisinha. Ela faz parte de sua “comissão de frente”, você vira “destaque” e não corre o risco de “atravessar o samba”. O preservativo é um “adereço” importante no “desfile da prevenção”. Portanto, não se esqueça, a camisinha é a “harmonia” do sexo seguro. Use sua criatividade!
As DST não usam máscaras, elas estão aí o ano inteiro. E você? Vai deixar sua máscara cair?
Espero que na quarta-feira de cinzas, no julgamento da sua “escola da vida” você, possa receber... DEZ!!! NOTA DEZ!!! Em todos os “quesitos” de uma vivência da sexualidade responsável, prazerosa e feliz!

terça-feira, 1 de março de 2011

Para Refletir

Com a proximidade o Dia Internacional da Mulher divulgo uma das minhas poesias para reflexão de nossos desejos e amores que são peculiares do "ser mulher".


Corpo de mulher
Solto no mundo, sem fundo.
Corpo vazio no espaço, sem espaço a flutuar...
Corpo vazio de abraço
Que vai e vem no passo, compasso da vida.
Corpo que se abre, procura, doçura e sal.
Corpo fechado na solidão.
Corpo carinho, sozinho no caminho
Que busca, rebusca, procura, o que?
O plexo, reflexo do corpo vazio a flutuar no céu, no mar...
Corpo que parte, reparte, que volta, revolta.
Corpo destino, caminhante e errante
Que vibra, que sabe e reage,
Que goza, faz prosa, e´espinho, é rosa.
Corpo que no presente, busca seu corpo ausente,
Apenas dos olhos, mas não do coração.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

HIV E TMI (Transmissão Materno Infantil)

Desculpem minha ausência durante esse último mês, pois estava de férias (todos merecemos, não é mesmo?!). Mas, hoje, estou postando este pequeno artigo abaixo e preparando alguns outros.

É de meu conhecimento que tramita no Congresso, desde o ano de 2004, o Projeto de Lei 4393/2004, do Deputado Federal Enio Bacci, que dispõe sobre a concessão gratuita de ligadura tubária para portadoras do vírus HIV.
Enquanto cientistas continuam a busca por uma vacina que previna ou cure a aids, a questão é: Como a sociedade e em especial portadores (as) do vírus HIV que desejam ou não a maternidade e/ou paternidade receberiam essa Lei?
O Centro de Referência de DST/aids e a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo em pesquisa recente com 250 homens e mulheres soropositivos obteve os seguintes percentuais: 43% dos homens desejam ser pais, 53% não desejam e 4% não sabem. Quanto às mulheres, 20% desejam a maternidade.
Especialistas afirmam que mulheres soropositivas que recebem medicamento anti-retroviral a partir da14° semana de gestação e durante o parto e seus bebês recebendo anti-retroviral oral nas primeiras semanas de vida, sem aleitamento materno, o risco de infecção para eles pode cair em até 2%.
Médicos também garantem que há comunicação entre a placenta e o feto, situação que favorece a contaminação. Melhor seria a inseminação artificial, seguida de procedimentos que já ocorrem em portadoras do HIV, mesmo assim, a inseminação não é garantia do nascimento de um bebê negativado.
O que podemos afirmar é que os Profissionais de Saúde e os Serviços de Atendimento têm obrigação médica e legal de promover e proteger os Direitos Reprodutivos de todo cidadão.
Mais uma questão polêmica que envolve a vivência da sexualidade: A maternidade e paternidade de portadores do vírus HIV.


Minha próxima palestra:
Quando? 16/2/2011
Onde? APPAI-RJ.
Que horas? Das 9h às 13h.